À procura de dons.

Eu fico aqui, lendo minhas postagens antigas, em tempos que buscava provar para mim mesma, que talvez pudesse ter algum talento adormecido.

Essa foi a fase em que almejava ser escritora! Até o momento não encontrei o que procurava!

Amo piano, mas a paixão não fora suficiente para aprender mais que meia dúzia de notas.

Sou loucamente apaixonada por literatura, mas isso também não bastou para criar belos versos ou alucinantes prosas.

Cantar então! Vivo e respiro música. Sou ótima ouvinte, nada mais que isso.


O que eu sou? O que conquistei? O que me tornei?
Qual a razão de minha existência?

Gostaria de registrar algo belo nesta minha passagem!
Enquanto isso continuarei seguindo à procura de dons!
K.L

Chegara à porta da pré-escola trajando shortinho e tênis vermelho com os cabelos enfeitados de maria-chiquinha. Sentia o cheiro da mochila nova misturada ao aroma da pasta de dente.

A mão quente e grande do papa soltara-se da pele morena, deixando os laços dos dedos minúsculos e frios.

Com apenas seis anos fora obrigada a experimentar o medo da separação do colo paterno.

A espera na porta da escolinha parecia uma eternidade, um verdadeiro martírio. Não sabia o que lhe apavorava mais, se as horas que se aproximavam para o adeus, ou se os olhares de todos os meninos cabisbaixos que se espremiam em torno dos braços dos adultos ameaçando a chorar.

 Esse foi o primeiro contato com a escola, em que o colorido mundo mágico estampado nas lancheiras não foi o suficiente para espantar o medo que tingia todo ambiente de cinza.

YANNI

Um instrumento magnífico diante de mãos milagrosas.
Logo a melodia se mistura ao que talvez pudesse ser o alento de espírito.
Não se sabe se é dom ou talento,
só se vê que é esplêndido.
Magia, simples magia.
 Encanto, puro encanto.
O sorriso se curva de forma miraculosa envolvendo a quem contempla.
Não jaz pecado por pura inveja apenas deslumbre.
Com tais arranjos de prontidão sem esquivas,
fortalece e envolve a todos que agradecem sua existência.

Lembranças fragmentadas.

Parecia que o olhar penetrante afogara sua fúria em câmera lenta. A verdade é que na devida situação, não poderia eu decifrar-lhe qualquer sentimento. Havia fúria sim, isso é fato, entretanto, havia centelhas de cores neon clarividente ao redor de sua cabeça. Os sentimentos que por ali passaram em mistos oscilantes eram demasiadamente rápidos.
Os espectros de dúvidas penetraram em cerne como um metal fundido. Beleza não havia ali, e isso era suficientemente assustador.

YIN-YANG

Às vezes me sinto uma confusão, humana confusão.
Às vezes não sei quem sou, ou o que me tornara.
Amigo. Um amigo. Um novo amigo.
Amigo. Um amigo. Um velho e grande amigo. Um amor.
Confusão.
Conflitos. Brigo. Desespero-me.
Yin-Yang – Yang?
Acordara Yin! Mas será que é mesmo Yin?
Quem pode julgar?
Yang é bom, me sinto Yang, hoje acordei Yang.
Yin – Frustração, fúria, desejo.
Não se trata de algo bom ou mal,
mas sim opostos que se completam.
Yin, eu gosto do lado Yin, é divertido.
Yang, simplesmente confortável.
Eu almejo conforto, eu respiro Yang.

Em conflitos de alma continuarei optando pelo conveniente.

K. Lima.

Devaneio

Fragmentos. Abundantes. Alivio. Ávido.

Talvez, Talvez.

Não se cansa, não se mede.

aqui, acolá.

Sem avisos, sem mistérios.

Rompe-se o silêncio, aquieta a alma.

êxtase, paixão, poder, luxúria.

Sim! Por que não?

Aquilo que jamais poderia ser: tornara.

Aquilo que jamais poderia existir: existira.

Sonho? Sempre.

Prazer? Veementemente.

Sem nexo? Jamais.

Compreensão? Se quiseres!

Complexo? Para quem observa.



..........................................................................

Deixe estar. Respire. Agradeça. Ame.